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O que antes era apenas uma ameaça, hoje é realidade. O Governo já enviou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei 4371, que dispõe sobre o famigerado acordo assinado com setores do sindicalismo da Polícia Rodoviária Federal. Tal acordo, que prevê reajuste irrisório para a Categoria e extingue pura e simplesmente a Classe de Inspetor na PRF, encontra-se na Comissão de Trabalho da Câmara.
Em busca de consertar o estrago, o SINIPRF-BRASIL começou a se mobilizar no sentido de confrontar o PL junto aos parlamentares. Levando a eles a interpretação de que os “representantes” de parte da categoria que se acovardou na Mesa de Negociação só trouxe retrocesso para a carreira de Policial Rodoviária Federal. Ao invés de cobrar medidas que valorizam a nossa categoria, se agarraram a migalhas e jogaram no lixo toda uma luta de anos para que houvesse melhorias e valorização da carreira.
Estes mesmos “sindicalistas” participaram da Mesa de Negociação em 2006, quando os Policiais Rodoviários Federais perderam o adicional noturno e a insalubridade – que foram trocados pela nomenclatura “Subsídios”. O Governo, então, prometeu manter no bojo do acordo os dois itens suprimidos nominalmente, mas não cumpriu a promessa. A perda destes dois itens significou prejuízo para todos os policiais da ativa, que viram seus proventos encolhidos. E, apesar de esse grupo preferir não se lembrar, na época a manutenção do Adicional e da Insalubridade era defendida tanto pela Federação quanto pelos sindicatos estaduais.
Diante da pouca combatividade e representatividade dos atuais negociadores do Sistema Federativo, o Governo simplesmente ignorou a promessa feita. Assim como o compromisso de criar 3 mil cargos na PRF. Até agora eles não foram criados e a defasagem só vem aumentando.
Agora, ao invés de cobrar o que foi dito, os negociadores inconsequentes baixam a cabeça para um reajuste ridículo, que pouco vai significar para a categoria, e jogam por terra toda uma luta de anos pela valorização da nossa Polícia.
Afinal, temos na nossa história uma longa luta para ocupar um lugar ao sol. E, a duras penas, conseguimos ser reconhecidos como órgão de Estado, carreira consolidada no Sistema de Segurança Nacional. Agora, numa demonstração clara de incompetência destes ditos representantes, caímos na vala comum. Passamos a fazer parte de um carreirão que tem nomenclaturas abstratas como Classe 1, 2, 3 e Especial. O que isso significa mesmo??
A hora é de unir forças para reverter essa situação, sob pena de todos nós – ativos e inativos – voltarmos a ser apenas um apêndice de outras Instituições. De volta a uma corporação de segunda categoria, sem vez e sem voz dentro da estrutura do governo. Depois de tanto esforço e tanto trabalho é isso o que queremos? Vamos permitir que aconteça diante dos nossos olhos e da nossa acomodação?
É hora de mais uma luta. E dela não fugiremos.
SINIPRF-BRASIL
da Assessoria de Comunicação