Epidemia dentro de quartéis e delegacias, as doenças mentais são gatilho para suicídio de responsáveis pela segurança pública.
Uma bala alojada na medula tirou não apenas o movimento das pernas mas também a vontade de viver do soldado reformado da Polícia Militar de São Paulo (PMSP) Júlio César da Silva. Há 15 anos, ao tentar evitar um assalto, ele entrou em confronto com bandidos. Foi baleado em sua última missão oficial como agente da lei, pois o dano irreversível na coluna o deixou dependente de cadeira de rodas para sempre.
O diagnóstico de paraplegia veio acompanhado de uma depressão profunda. Trancado em um quarto escuro, sem se alimentar adequadamente e dormindo somente à base de fortes remédios, ele tomou a decisão radical de se matar. Com a arma em punho apontada para a têmpora, cão acionado e dedo no gatilho, Júlio César desistiu ao lembrar da filha, à época com 1 ano e 8 meses.
“Não gosto de recordar dessa passagem da minha vida. Mas estou aqui para provar que é possível superar esse sofrimento terrível”, declara o praça. Ele, além de reformado na PM paulista, dá expediente no almoxarifado de uma empresa de transporte.
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Fonte: Metrópole
Inspetor Acir da Fonseca Dantas
Diretor de Comunicação e Divulgação do Siniprf-Brasil