“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons. É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão que sentar-se, fazendo nada até o final. Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder. Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver.”
Martin Luther King
No dia 1º de abril de 2010, desabrochava no Brasil o mais novo sindicato do sistema sindical da Polícia Rodoviária Federal: o SINIPRF-BRASIL. Depois de dois anos de acirrados debates no Ministério do Trabalho e Emprego, finalmente os técnicos daquela pasta certificaram-se que os nossos argumentos eram bem embasados e decidiram conceder o nosso registro, ato que irrompeu um silêncio institucional no serviço público sobre esse assunto, abrindo as portas para dezenas de outras categorias as quais há anos esperavam ansiosamente uma manifestação do Estado.
O movimento sindical de resistência na PRF, o qual lutou pela criação deste novo sindicato, a partir do momento que foi publicado no Diário Oficial da União o nosso registro, passou a ser alvo de ataques implacáveis por parte dos setores retrógrados do sistema sindical. Desde o primórdio do sindicato até hoje, somam-se cinco anos de perseguição, pressão e intrigas, culminando com o esfacelamento da carreira e extinção da classe de Inspetores, surgindo em seu lugar a classe Especial. A tresloucada decisão prejudicou grandemente os trabalhos de valorização da carreira e transformou o polêmico sindicato na única voz que defende a isonomia da carreira da PRF com a sua co-irmã, contando com uma diferença: a nossa continuará sendo carreira única.
Mas como dizem os Gaúchos: “Não há de ser nada!” Contudo, na atualidade que é um oceano de incertezas, os rumos das “naus” política, social e econômica do País deixam ainda mais distantes o cais da justiça salarial, da carreira justamente estruturada, da instituição PRF forte o bastante. Na mesma proporção, da necessidade e do tamanho da malha viária e do volume de transporte nela escoado seja de passageiros e cargas, mas também daqueles que burlam a legalidade e cometem crimes de descaminho, contrabando, escravos brancos, tráfico de armas e drogas, entre outros.
Neste dia especial para nós, queremos homenagear o nosso jovem sindicato, o SINIPRF-BRASIL, pela sua garra, coragem, resistência, dizendo que ele não é somente da categoria dos Inspetores, hoje Especial, mas de todos os policiais rodoviários federais. À vista disso merece todo nosso carinho e respeito por tudo que representa nas conquistas do passado e do presente; e quanto ao futuro, ser vigilante na defesa dos direitos já conquistados.
Grandes lideranças da nossa categoria foram construídas nesta caminhada. Não poderíamos de forma alguma deixar de lembrá-las e também homenageá-las; bravos colegas que engrandecem ainda mais essa instituição. E aqui queremos fazer uma homenagem a todos àqueles que já tombaram, pelas agruras da vida, pelo seu tempo determinado, ou em combate. Não podemos deixar de expressar o nosso enorme respeito por esses que fizeram sindicalismo ajudando não só a nossa categoria, mas também às outras.
Os movimentos organizados foram extremamente importantes para a luta de todos os trabalhadores. Foram colegas diferenciados, fizeram política sindical por um ideal. São indissociáveis as lutas desses policiais rodoviários federais da história da Corporação. O sindicalismo contribuiu muito para o seu significativo avanço. Parabéns a todos pela história de luta do SINIPRF-BRASIL, e que continuemos mobilizados, firmes, pois há ainda muito a ser feito e muito a se conquistar.
A Diretoria
Insp. Acir da Fonseca Dantas
Diretor de Comunicação e Divulgação do SINIPRF-BRASIL