PADs mal conduzidos produzem novas vítimas na PRF.
Os abusos observados em determinados Processos Administrativos Disciplinares se repetiram nos últimos dias. Na Bahia, os ex-superintendentes Mizael Freitas de Santana e Antônio Carlos Ruvenal Farias foram punidos com demissão, tiveram suas aposentadorias cassadas e os postos na corporação retirados. Ambos foram acusados de corrupção, improbidade administrativa e lesão aos cofres públicos. E os processos foram desenvolvidos pela Direção do DPRF sem que fossem levados em conta diversos depoimentos de testemunhas que os inocentavam. No curso do processo se demonstrou claramente que os erros praticados não o foram por estes dois valorosos companheiros. Mas isso foi ignorado solenemente pelos senhores inquisidores.
O Inspetor Mizael Freitas de Santana é reconhecido por todos os seus companheiros como um homem probo, honesto e dedicado à Polícia Rodoviária Federal, onde prestou excelentes serviços por décadas. O Inspetor Antonio Carlos Farias, igualmente competente e honesto, cumpriu com dignidade as funções de Superintendente substituto todas as vezes em que foi chamado para tal.
Os dois companheiros estão pagando o preço de uma política equivocada adotada pelo DPRF, que arrasta para a lama a honra e a vida de profissionais que se dedicaram de corpo e alma para a dignificação da nossa Polícia. Como cidadãos honestos que se veem prejudicados pela sanha vingativa de alguns, eles estão recorrendo ao Judiciário para que a justiça seja feita.
Já no Maranhão, o companheiro Inspetor Maronilton foi outra vítima da irresponsabilidade dos ditos encarregados em investigar maus feitos. Nomeado Superintendente no Piauí, o Inspetor Maronilton se viu compelido a assumir o cargo pela Administração, que lhe faltou quando surgiram denúncias infundadas de mau uso de recursos públicos. Deixado sozinho e exposto à todo tipo de perseguição, ele foi demitido em mais um PAD suspeito.
O SINIPRF-BRASIL lamenta imensamente que biografias tão dignas sejam manchadas pela irresponsabilidade de alguns que usam seus cargos apenas para perseguir, vingar e desestabilizar vidas e carreiras sem o menor constrangimento. E ainda são recompensados por uma Direção que demonstra não ter o menor compromisso para com a categoria que deveria representar. E vai continuar na luta para que os Inspetores da Polícia Rodoviária Federal sejam respeitados. O Sindicato reconhece que, assim como em todos os setores da Sociedade, haja laranjas podres em nosso meio. E luta para que cada uma delas seja extirpada da corporação. Mas não pode aceitar que bons companheiros sejam punidos sem direito de defesa e que suas vidas sejam jogadas no lixo.
da Assessoria de Comunicação