Servidores de várias categorias recuam e encerram greve
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ToggleApós cerca de dois meses de greve, maioria dos servidores aceita a proposta do governo e retornará ao trabalho.
Depois de semanas de mobilização nacional e centenas de milhares de servidores em greve, o governo federal obteve uma vitória nesta terça-feira (28) com a volta ao trabalho de 18 categorias ligadas à Confederação dos Trabalhadores no Serviço Publico Federal (Condsef), que reúne cerca de 800 mil filiados (ativos, aposentados e pensionistas) e representa cerca de 80% dos servidores federais ativos. Depois de várias rodadas de negociação, os trabalhadores aceitaram aceitar a recomposição salarial de 15,8%, escalonada em três anos, proposta pelo governo. Eles já estavam há cerca de dois meses em paralisação.
Depois da ameaça de intensificação da greve por parte de instituições como a Advocacia-Geral da União e da Polícia Federal, como este site registrou ontem (segunda, 27), uma assembleia nacional realizada hoje em Brasília levou à decisão conjunta dos 18 grupos. No entanto, as atividades de cada categoria só serão retomadas a partir da próxima segunda-feira (3).
Servidores de diversos ministérios – Previdência, Trabalho, Cultura, Agricultura, Justiça, Transportes e Saúde –, além de órgãos como Embratur, Imprensa Nacional e Arquivo Nacional estão entre as categorias que resolveram parar a greve. Mas policiais federais, funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), fiscais agropecuários e servidores das agências reguladoras, como a Anatel, decidirão ainda nesta semana se permanecerão ou não paralisados.
O Coordenador-geral da Condsef, Josemilton da Costa diz que o entendimento com o governo é uma vitória para as categorias. O próximo passo dos trabalhadores, diz Josemilton, é obter mais avanços trabalhistas junto à administração federal – como gratificação por desempenho e plano de trabalho específico. Já pelo lado do governo, a ministra Miriam Belchior (Planejamento) dá um recado às categorias resistentes e diz que a taxa de reajuste (15,8%) não será elevada. Alguns grupos de servidor chegaram a pedir 151% de recomposição salarial.
Cerca de 12 mil servidores de diversas categorias já tiveram seu ponto cortado, mas recorrem na Justiça para manter a integralidade dos rendimentos. Em meio aos impasses, o Executivo envia ao Congresso na próxima sexta-feira (31) a proposta de Lei Orçamentária Anual para 2013, com a previsão de reajuste fixada em 15,8% e não estendida a todas as categorias do funcionalismo público.
MOVIMENTO SEM A DEVIDA COORDENAÇÃO É FRUSTRADO
Policiais rodoviários federais aceitam reajuste do governo e encerram greve
Policiais rodoviários federais aceitaram o plano de reajuste de 15,8% e a reestruturação da carreira propostos pelo governo e decidiram, na noite de terça-feira (28), encerrar a greve. De acordo com a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), a categoria deve voltar ao trabalho nos postos das rodovias nesta quarta-feira (29).
O governo deu prazo até terça-feira (28) para que os sindicatos decidissem sobre a proposta de reajuste oferecida pelo governo, de 15,8% “fatiado” em três vezes até 2015. Na noite de ontem, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, afirmou que “mais de 90%” dos servidores do Executivo iriam assinar acordo com o governo federal para encerrar a greve no serviço público federal.
Mendonça não especificou cada uma das categorias que chegaram a acordo com o governo, mas mencionou, entre os que assinaram a proposta, servidores de universidades federais, professores do ensino superior, funcionários da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e servidores do IBGE.
Segundo o ministério, as negociações realizadas depois do prazo estipulado pelo governo poderão continuar, mas um eventual acordo só será incluído no Orçamento de 2014. “[Com] quem decidiu não assinar, voltamos a discutir no ano que vem, com impactos em 2014”, disse o secretário.
Fontes: Congresso em Foco/G1 em Brasília
da Assessoria de Comunicação