A recalcitrância de um grupo raivoso que ataca o SINIPRF-Brasil, incansavelmente, causa-nos espécie. Mas como entender essa aversão aos integrantes fundadores e instituidores do Sindicato Nacional dos Inspetores da Polícia Rodoviária Federal do Brasil?
Alçaram aqueles acusadores instâncias administrativas e jurídicas incontáveis, no afã de obter impossível, inconstitucional e ditatorial exclusividade de representação, atitudes de incompreensível arrivismo, na contramão das evoluções históricas e democráticas no seio da atividade sindical.
Indefensáveis ações relembram épocas sombrias, não muito longevas, em que os sindicatos de classe eram hegemônicos, impermeáveis, antidemocráticos e inadmitiam – sob o pálio da cumplicidade interessada estatal – discordância política, desmembramentos e dissociações. Era mais fácil ao Estado “Não” Democrático de Direitos contornar os litígios trabalhistas e manter subservientes ao interesse estatal as categorias.
Afirmam-se, assim, antidemocráticos, a cada uma dessas ações, os nossos detratores. Recalcitrantes, inobstante vencidos, optam agora por trilhar os caminhos tortuosos – e juridicamente perigosos – da não institucionalidade, afastando-se da contenda jurídica e da legitimidade da representação sindical e invadindo a esfera intocável das individualidades, intentando malferir o patrimônio moral daqueles que, RESPALDADOS EM LEI, iniciaram um movimento livre e democrático de organização. O histórico antidemocrático brasileiro é, infelizmente, repositório de amargos exemplos da pretendida centralização…
Não se entende o porquê do referido grupo de descontentes demonstrar desproporcional sanha hegemônica, haja vista não haver qualquer indício ou pretensão da nova entidade sindical subjugar quem quer que seja. A motivação para tais comportamentos devem se explicitar ao longo do tempo, pois é incompreensível o abandono da batalha no campo fértil da discussão democrática e a sua extrapolação para o campo pessoal.
Devemos refletir sobre quais as razões de tanta incompreensão. Se é fato que alçamos, nos últimos anos, conquistas de relevo para a categoria, o respeito aos que a edificaram forte, ao menos esse respeito, deveria ser preservado.
Como entender esse paradoxo? A união entre as representações não é de somenos importância, bem como não são excludentes entre si. Muito ao contrário, a vísceras da ilegitimidade representativa de então começaram a ser expostas, e a reiteração desse comportamento antidemocrático revela as razões pelas quais inúmeros Inspetores vem aderindo ao Novo Sindicato.
Há, realmente, algo de errado, maligno, talvez ainda por ser revelado, que norteia as ações tão impensadas desse grupo. As ameaças, difamações e injúrias pessoais, as quais transbordam em muito a seara da luta sindical certamente ecoam no meio social e familiar dos atingidos, os quais não podem ou não devem se descurar da proporcional defesa. O terreno que está sendo prospectado é perigoso. A maldade, maledicência e ardil não podem ser admitidos. E não vão.
As denunciações caluniosas e agressões à administração da Justiça não passarão impunes. As industriadas mentiras e impropérios somente atingem os homens de bem, as pessoas honestas e dignas. Aos acusadores, resta a triste conclusão de que são incapazes de reconhecer que do outro lado há servidores, cidadãos, famílias e honras.
A ausência de tal consciência é a revelação inequívoca do caráter e da personalidade daqueles que nos acusam. Aqueles que as desferem devem estar acostumados ao não reconhecimento dos direitos e garantias individuais, consagrados e garantidos na nossa Carta Magna.
Esse comportamento anômalo, doentio, só pode ser explicado à luz da ciência, da psicologia, que nos remeterá ao sombrio campo da inveja, esse sentimento inferior, mal estimado, que ao longo da história da humanidade, tem causado grandes destruições.
CONCEITO DE INVEJA
A inveja, segundo o Dicionário Aurélio, é o “Desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem. Desejo violento de possuir o bem alheio”.
É muito elucidativa a descrição de Inveja escrita pelo poeta romano Pablius Ovidius Naso: “A Inveja habita no fundo de um vale onde jamais se vê o sol. Nenhum vento o atravessa; ali reinam a tristeza e o frio, jamais se acende o fogo, há sempre trevas espessas (…). Assiste com despeito aos sucessos dos homens e este espetáculo a corrói; ao dilacerar os outros, ela se dilacera a si mesma, e este é seu suplício”.
O ser humano é portador da díade “Existir-Sobreviver”, isso explicaria o instinto de competição voraz e antropofágica entre as idéias, sentimentos e prazeres, levando-os a níveis altos de tensão, gerando o distresse (estresse maligno), causador de moléstias graves de caráter psicossomático.
As pessoas vão à escola não apenas com o intuito de se educar, mas também para competir na vida, isto é completamente equivocado. O estímulo a competição, nem sempre salutar, não prepara os alunos para a grande realidade da vida, que é o fato de que sempre numa luta, existe um vencedor e um perdedor. O indivíduo deve ter no seu arsenal psíquico, instrumentos compatíveis para se reestruturar diante de uma derrota, e não armazenar requintes de ódio que é o primata da inveja, um dos sentimentos que pode causar grandes malefícios ao ser humano.
A aversão à inveja é milenar, pois ela sempre foi desdenhada entre todos os sentimentos humanos. É a vilã contumaz das histórias, trazendo consigo a devastação e a catástrofe.
Entre os sete pecados capitais, muitos a citam como a mais complexa das manifestações. É por causa da inveja que surgiram os amuletos, frases, rezas e outros procedimentos mágicos, de forma explicita ou por meio de racionalizações sutis.
Mesmo assim, uma pessoa razoável é capaz de admitir com pudor, ter alojado sentimentos claramente invejosos em determinadas situações da vida, principalmente quando hostiliza e se entristece com o sucesso do outro, lamentando a vitória de um rival.
Basta sentirmos uma alegria singela, um progresso discreto, uma vitória modesta para que se manifeste o descrédito de nossa capacidade, por julgar injusto ou insuficiente o nosso sucesso e temer que ele desencadeie alguma desgraça pela inveja dos outros.
Se a pessoa melhora, vem a inveja e estraga, conforme a superstição. O invejoso zomba do nosso mérito, desdenha nossa virtude, desvaloriza nossas qualidades, exulta com nossos defeitos, corrói nossa bondade. Sob sua influência, deixamos de combater as frustrações para atacarmos justamente as fontes de satisfação e prazer. Ao pagar o bem recebido com o mau venenoso, ficamos à beira da ingratidão, da injustiça e da traição. Por onde a inveja passa, não cresce nada. Com um currículo desses, ninguém se dispõe a defendê-la, nem tampouco a conhecer seus métodos e suas tramóias, como faríamos como um vírus mortal. Descobri-la, camuflada em nosso inconsciente, como um espião inimigo, faz-nos pensar somente em dar-lhe um fim rápido e definitivo. Tentar extinguir a inveja é, além de inútil, bastante perigoso. Só faz estimular seu apetite de desmancha-prazeres e ainda cria a ilusória impressão de havê-la derrotado de uma vez por todas, coisa humanamente impossível.
Geralmente, apesar da estima que se tenha por alguém e se este tiver “status”, a inveja cavilosamente se instala como produto de comparação, com as outras pessoas, sendo, pois uma auto-aversão pelo fato do invejoso não ser igual aos outros.
DIFERENÇA ENTRE INVEJA, E A LUTA PARA A CONQUISTA DO BEM-ESTAR:
Não deve ser confundido o fato de uma pessoa lutar para conquistar o objeto de desejo, e pela conquista dos seus ideais quando feito com ética. Este eu competitivo está muito enraizado dentro de nós. Se passarmos a viver a vida com uma forma de competição regrada, com certeza aproveitaremos e muito as oportunidades que termos, e mesmo diante do fracasso saberemos reconquistar o elã pela luta sem o teor da inveja pela vitória do outro. A vida não é uma competição, e sim um aprendizado para a nossa própria auto-superação. Devemos aprender que os fatos em si não derrotam ninguém, e sim a forma de como reagimos aos fatos. Devemos aprender com as dificuldades, esta é a nossa melhor academia psicológica.
Existe no invejoso uma compulsão de que se uma pessoa se destaca em alguma atividade, por mais simples que possa parecer, ele está sempre pronto para criticar e tentar minimizar o sucesso de seu próximo. Um sentimento de raiva, de ira, de se apossar, porque ele sente-se o merecedor da conquista da outra pessoa, sempre achando que o seu território foi invadido, não atinando para a sua incapacidade ou inércia, sendo capaz de boicotar, “fofocar” ou de preparar armadilhas para de destruir o outro, para provar, ao menos hipocritamente para si mesmo, que ele é melhor, embora no seu íntimo, sente-se menor do que os outros.
Vangloria-se, enaltece-se, fala excessivamente bem das próprias coisas, pois dessa forma abranda o mal-estar do desequilíbrio, procurando diminuir o outro através de crítica. Não percebe, muitas vezes, as suas frustrações, e é como se não existisse, porque logo está pronto para realizar mais um feito de diminuição, de descaracterização, burlando suas próprias angústias.
Se a surpresa diante de algo for digna e generosa, não há inveja destrutiva, tratando-se, apenas, de um incentivo e estímulo para que nos empenhemos em adquirir novas virtudes, produzir melhores trabalhos, realizar melhores conquistas de vida.
Talvez esse processo venha da convivência no ambiente familiar, onde comparações são freqüentes, sem contar que a mídia propaga processos agressivos de comparação entre as várias marcas dos produtos apresentadas.
A melhor solução pode estar na forma de utilizar e de encarar a inveja, que visualizada em termos comparativos pessoais de evolução, do antes e depois, do ontem e do hoje, deixa de ser inveja destrutiva para ser uma inveja de auto-estímulo, isto é o padrão de comparação deixa de ser externo e passa a ser interno.
O não invejoso vê no objeto de desejo, a satisfação, quando conquista por méritos próprios, e não quando é feita em cima da conquista do outro, através de métodos antiéticos de destruição.
INVEJA E ÉTICA
Os invejosos estão sempre provocando, escarnecendo e criticando àqueles que invejam, e quando a patologia chega aos extremos, chegam a praguejar, desejando ao invejado as piores desgraças. Se não podem fazê-lo diretamente, o fazem através de outros (falando mal, denegrindo, desvalorizando), mas sempre com a certeza de que estarão atingindo seu alvo. Um exemplo disso é aquele tipo de pessoa que inveja a inteligência e a tranqüilidade de outra pessoa, e então se põe a criticá-la até que ela perca a calma. O invejoso não consegue encontrar o que elogiar ou valorizar nos outros, assim como é comum encontrar sempre uma razão para duvidar daqueles que estão à sua volta com o objetivo de derrubá-los. A pessoa invejosa acha tão difícil suportar que o outro tenha alguma coisa boa que ele não pode reconhecer ou usar aquela pessoa como modelo.
Podemos ver isso surgir por ocasião da inveja que ocorre entre os estudantes no qual o invejoso esconde objetos quando não os rasga para que o colega invejado possa ser prejudicado no projeto escolar. Entre os colegas de trabalho, quando um deles se destaca e prospera auspiciado pela sua inteligência, carisma e capacidade de aproveitar bem as oportunidades, detratando-o, com o intuito de impingir ao mesmo atributo totalmente contrário aos que ele possui.
A história da raposa e das uvas aplica-se ao invejoso que não podendo lograr a posse do objeto de outro o destrói com pensamentos, palavras e ações.
CONVOCAÇÃO GERAL
O invejoso tenta fazer com que as suas armas alcancem o seu alvo e promova a destruição total daquilo que ataca, usando todos os métodos que puder. Não se dá por satisfeito enquanto não ver seu desejo realizado. Compraz-se com a derrota dos outros. É importante que os filiados do Siniprf-Brasil e seus Fundadores e Instituidores, não se curvem diante deste implacável ataque. Não seja influenciado por esse grupo, que não quer se curvar ao descaso que sempre teve com os mais antigos, subestimando-os, relegando a sua história, desfazendo do sacrifício feito no passado para construir a casa que hoje ele está. Apure os fatos, acompanhe a luta do Siniprf-Brasil, e mais que isso, comece a combater esse grupo que, ele sim, dividiu a PRF em grupos, em turmas, em classes. Acabou com o companheirismo que existia entre todos, em todo território nacional, independentemente de turmas, regiões. Quem não se lembra ao viajar pelo país, ao se identificar em posto PRF, a acolhida era espetacular. Hoje, quando isso acontece, se escuta um sonoro: não te conheço! Estão acabando com a disciplina, o respeito mútuo, com a hierarquia de fato, já que até hoje não temos um Regimento Interno.
Saibam todos os nossos algozes que amanhã todos serão Inspetores como eu. Torçam por nós, pois a nossa entidade também está trabalhando por você!
Portanto, não nos intimidemos com esse grupo. A experiência é nosso suporte, a dignidade nossa arma. Junte-se ao SINIPRF-Brasil, representação que jamais envergonhará seus filiados com semelhantes atitudes em relação aos nossos contendores.
Inspetor Moraes Divino – Inspetor III